sábado, 18 de julho de 2009

Quem não vi desta vez

Portugal, abril e maio 2009: a lista de amigos e amados a encontrar e/ou reencontrar era grande, o tempo de lá estar parecia maior ainda!... e no entanto, faltou. Houve desencontros, desatrasos, tempos de perder-me pelo caminho... e pessoas queridas ficaram. Umas no telefone, outras no email, outras só na lembrança. A elas, o meu beijo de dizer "gosto de ti".

Silvia - Minha parceira neste blog-ideia que anda muito, muito calado, a portuguesa de Barcelos que virou cearense de Fortaleza por quase dois anos agora vive no Porto, mas desencontramos. Estava eu na Maia e calhei de escrever para o email errado! Resultado: quando ela ligou eu já estava em Oliveira do Hospital! Mas o carinho é o mesmo e, um dia, haveremos de nos encontrar!

Soraia - Essa amigona de tantos momentos palmaníacos tem agora uma casa só sua, mas ainda não mora lá. Telefonei, não respondeu. Escrevi, também não. Sei que as saudades eram mútuas, mas a vida... a vida às vezes corre contra a corrente. Não sei o que houve, mas deve ter sido sério. Fizemos tantos planos antes da viagem! Soraia, um beijo pra ti.

Mia - A culpa foi minha, mesmo. Andava tão perdidona nessa viagem que, na minha semana de recesso em Lisboa, não telefonei para a linda eslovaca de olhos azuis, sempre cheia de esperança e flores no coração! Mas ela não se magoou comigo, o que é uma alegria. Agora vai casar com um amor de infância e viver em Praga! Não é lindo? Prometo-me sempre que vou pensar em visitá-la, em uma próxima vez.

Isabel - A culpa :), se existe, foi dela mesmo; mas digo isto a brincar, porque gosto de amolar essa moça tão trabalhadora, empolgada e culta de quem desencontrei nas duas viagens - é a recordista! Mal nos falamos uma vez ao telefone. Quando viu meus comentários no Facebook, escreveu: "... e eu não me perdoo!". Ai que vontade de ser má e dizer: "Nem eu!" Mas não consigo porque a quero muito bem. Beijo pra ti, Manuel e Bernardo!

Bruno Cunha - O grande inspirador do incrível curso de Escrita Criativa que fiz no Instituto Camões, dublê de publicitário e escritor imaginativo, andava muito ocupado e mal trocamos mensagens no msn. Acaba de publicar seu primeiro livro e temos falado eventualmente pelo mesmo Messenger, mas não houve espaço nem para um café.

Prof. Carmelo - Eu bem que pensei em dar um pulo até Évora para cumprimentar o emérito, criativo e ubíquo professor das fases 1 e 2 do Curso de Escrita Criativa, mas subestimei meu tempo. Iria adorar conhecer a cidade e chegar até a cantada e decantada Monsaraz, mas, pra variar, os dias se escoaram mais depressa do que os restos de onda do mar na areia. Fica pra próxima, caro Mestre!

Carla - A intrépida e noturna "arquitonta", como a Vera a chama carinhosamente, está morando no amor, como me disse uma vez o Carlos Drummond. E, portanto, quase incomunicável... não deu para vê-la, mas eu gostaria. Aliás, os amigos da Vera - que na primeira viagem conheci em conjunto logo no primeiro dia - são todos muito queridos, vistos ou não. Beijão, Carla!

João Paulo - O pai da menina Helena também foi uma baixa sentida nessa viagem. Na anterior estava na despedida, no Tromba Rija (que farra!). Mas dessa vez estava atolado com os impostos de renda e não houve jeito mesmo.

Nuno - No dia em que consegui chegar até o estiloso salão de beleza onde o hábil cabeleireiro pontifica, o rapaz tinha adoecido e estava em casa! :( Para curar a decepção, fiquei horas mirando os jacarandás floridos na Praça do Carmo, bem pertinho, onde tirei fotos e me emocionei com passarinhos - e por que não dizer, com os olhos e o sorriso estonteante de um turista francês... ah, a beleza que não é só minha e passa sozinha, como diria o mestre Vinícius...

Victor não sabia que são jacarandás as frondosas árvores que, na primavera, enchem Lisboa de uma poesia toda lilás. Confundiu-se todo com meu SMS de chegada: "Mas há jacarandás em Lisboa?" Ficou a pergunta, entre risos, à procura de uma resposta. Acho que até hoje não tem certeza se eu estava, mesmo, na terrinha...

Quem sabe na próxima eu reúno essa galera? Até lá, pessoal!