sábado, 20 de outubro de 2007

Ribeira Negra -Porto
por
Mestre Júlio Resende VER





Nesta cidade onde no sítio mais absurdo

num sentido proibido ou num semáforo

todos os poentes me dizem quem tu és


Manuel Alegre

domingo, 14 de outubro de 2007

Introdução

"-Maurette, porque não escrevemos sobre um mesmo tema?"
Eu, com a minha visão de portuguesa..E vc, de brasileira.
-Beleza! Então porque não escreves uma crónica sobre o isopor, já que eu escrevi do esferovite.."
Hummm, eu não sou cronista pelo menos não de crónicas, serei talvez de crónicos. Pensamentos crónicos que me assaltam e sobre os quais gosto de escrever.. Mas 'topei na hora', não sou de desperdiçar estes desafios. Pelo menos de não tentar! Daí que..
"Pode ser!"

Mas.. o que têm em comum, uma miúda portuguesa de 26 anos, que vive na pacata Barcelos-Portugal, com uma mulher um pouquinho mais 'experiente', jornalista, que vive simplesmente numa das cidades mais fantásticas do mundo (ou não fosse 'a maravilhosa'!) - para os mais desatentos, Rio de Janeiro-Brasil.
Aparentemente nada. Se olharmos mais de perto, talvez um pouquinho. Eu vivi um ano e meio no Brasil. Poderia ter sido só uma experiência. Mas foi bem mais que isso. Daquelas experiências-marcas de sangue, que ficam. E que transformam. Sinto-me uma pessoa diferente depois de estar lá este tempo. Não digo nunca e quem sabe um dia volto.
Ela esteve já em Portugal e é uma apaixonada por este rectângulo à beira mar plantado.

Depois, o Jorge Palma que ambas gostamos muito. Ambas tivemos já oportunidade de conhecê-lo pessoalmente (embora ele de mim não se lembre de certeza!!)
Achei curioso alguém brasileiro gostar assim das músicas do Jorge Palma. Isto porque, na minha 'missão' de difusão da cultura portuguesa no Brasil, o JP foi dos 'incompreendidos', ninguém gostou lá muito..e eu dizia..mas presta atenção nessa letra...não adiantou. Culturas diferentes. E uma produção musical como mais nenhum país tem (o Brasil) podem justificar a 'esquisitisse' quanto à música do JP. Afinal, ele é um bocadinho alternativo.. Foram mais nos nossos 'comerciais': Madredeus, Clã, Mafalda Veiga, João Pedro Pais, vinho do Porto...=)
Mas isso vai mudar de certeza com uma iminente (e eminente!) digressão do JP pelo Brasil!

Sobre o blog, não terei muito tempo para escrever aqui (a velha desculpa ocidental!) mas mais ou menos, melhor ou pior, tentarei dar um contributo luso e ainda nordestino (para manter o ritmo... =))


Assim começa esta ponte literária luso-brasileira.

E são 7h de viagem transformadas num click!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Agora chegamos juntas!

Fotos: V.Ribeiro (Barcelos), ArrobaJunior (Rio de Janeiro), Vitor Cabral de Oliveira (Lisboa e Figueira da Foz)


Silvia e eu fizemos ontem uma experiência interessante em nossos blogs individuais: escrevermos a visão de cada uma sobre um mesmo tema. O resultado disso foram os artigos Esferovite e Do Isopor, que a gente curtiu muito fazer.
Silvia, jovem engenheira de Barcelos, viveu um bom tempo no Brasil, na divina Fortaleza. E adorou, a julgar por seus relatos incríveis. Eu sou jornalista, tradutora e produtora cultural, e vivo no Rio de Janeiro. A gente se conheceu na net porque as duas gostam muito do cantor e compositor português Jorge Palma.
Depois do sucesso de ontem eu me lembrei desse blog, que tinha criado há algum tempo.
O nome, "Guardados e Achados", tem a ver com lembranças, memória, visões de mundo de quem anda por aí a conhecer gente, culturas e emoções novas.
Então pensei: porque não cultivá-lo justamente com essa troca de experiências, com a nossa vontade de aproximar as culturas e mostrar que a diversidade tem, na verdade, um grande poder de unir pessoas?
A Silvia topou na hora. E as minhas amigas portuguesas Cristina Santos e Isabel Caldeira, ambas artísticas, poéticas e blogueiras, cabem muito bem dentro desse conceito. Afinal, a nossa amizade sem fronteiras não tem feito justamente isso?
Pois então estamos aqui, juntas, aportando com nossos guardados, os achados de hoje e os que ainda virão.
O que a gente quer mesmo é incentivar os muitos "encontros" entre a alma lusa e a brasileira. Viva, pois, a diversidade e abaixo a diferença!
Temos a certeza de que os nossos amigos, os amigos destes e quem mais aparecer vão gostar de mais esse espaço para um livre e amoroso intercâmbio cultural e literário lusófono :)!
Bem-vindos, pois!